As escolhas do Globo de Ouro 2019

Kinogram
7 de jan. de 2019
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Os cerca de 90 jornalistas da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA) conseguiram novamente dividir opiniões com algumas de suas escolhas no 76º Globo de Ouro. Não há nenhum motivo para desmerecer o prêmio de Melhor Ator - Drama para a performance magnética de Rami Malek, mas considerar "Bohemian Rhapsody" um filme melhor que "Infiltrado na Klan", "Nasce uma Estrela" ou "Pantera Negra" (abstenho-me de opinar sobre o ainda inédito "Se a Rua Beale Falasse", que levou uma ovacionada Regina King ao palco como Melhor Atriz Coadjuvante) realmente soou questionável. ⠀ Os fãs do filme de Bradley Cooper tiveram que se contentar apenas com o prêmio de Melhor Canção Original ("Shallow"), já que o prêmio de Melhor Atriz - Drama que muitos esperavam que fosse para Lady Gaga acabou sendo entregue para a ótima atuação de Glenn Close em um péssimo filme ("A Esposa"), o que resultou no discurso mais emocionante da noite. O gênio Alfonso Cuarón foi agraciado com duas merecidas estatuetas (Filme Estrangeiro e Direção) por seu "Roma", impulsionando as apostas para um segundo Oscar de Melhor Direção após sua vitória por "Gravidade" (2013). ⠀ Algumas escolhas inspiradas como a de Melhor Trilha Sonora para "O Primeiro Homem" (que não está sendo devidamente lembrado na temporada de premiações) e de Melhor Atriz - Musical/Comédia para Olivia Colman (formidável no excelente "A Favorita") trouxeram sorrisos sinceros ao rosto deste que vos escreve. Ainda sem ter conferido "Vice", "Homem-Aranha no Aranhaverso" e "Green Book: O Guia" (que acabou sendo o mais premiado da noite com 3 Globos, incluindo Melhor Filme - Musical/Comédia), não tenho como opinar sobre suas vitórias, mas vamos esperar para ver o que os mais de 7000 profissionais do Cinema que integram a Academia vão escolher logo em breve numa premiação qualitativa e quantitativamente muito distinta: o Oscar. ⠀